A volta a nossa ORIGEM

Memórias, histórias ainda não contadas, lembranças perdidas das pessoas que fizeram e continuam fazendo parte da nossa História. Essa é a essência da exposição “ORIGEM – Raízes históricas da colonização de Medianeira”, primeira realização exclusiva da Casa da Memória Roberto Antonio Marin, com a expertise técnica da Unicultura – Soluções Culturais.

Na solenidade de abertura, realizada na manhã do último domingo (16), presença de autoridades, comunidade, parceiros e daqueles que são a razão de ser da Exposição: pioneiros e familiares, que deixaram o momento ainda mais emocionante. Em sua fala, a secretária de Desenvolvimento Econômico e diretora interina da Casa da Memória, Márcia Hanzen, destacou a ocasião como histórica para o município. “Hoje seguramente não é um domingo comum. Hoje apresentamos à comunidade de Medianeira um presente. Um presente em forma de passado reconstituído. A Exposição traz a emoção de reencontrar as nossas memórias, para que possamos nos sentir na Medianeira da colonização. Uma experiência única, uma verdadeira viagem no tempo, em busca passado de cada um… e de todos nós”, afirmou.

A historiadora da Casa da Memória, Franciele Aparecida de Araujo, complementou ressaltando a emoção de todos na abertura. “Durante a cerimônia de inauguração, ao olhar as pessoas com o sorriso no rosto, cheios de alegria, as lágrimas nos olhos, carregadas de emoção, e as expressões enaltecidas de orgulho por serem pioneiros, por terem ajudado a construir o município e verem suas memórias valorizadas e registradas, nós tivemos a certeza de que estamos no caminho certo. Cumprimos nosso desafio e a Casa da Memória mostrou aos filhos e netos de Medianeira que está pronta para ser a guardiã de suas memórias e está ansiosa para ver seus arquivos aumentarem ainda mais”.

A exposição ORIGEM traz, de forma inovadora, as raízes de Medianeira até o final da década de 1960. Uma viagem no tempo, em que as histórias e memórias de Medianeira serão contadas, recordadas e imortalizadas, através de fotos, documentos, objetos e depoimentos. “A Exposição foi pensada com muito amor e carinho. Quando o desafio nos foi dado, nos debruçamos em incansáveis horas de muita pesquisa, estudo e trabalho para apresentar aos medianeirenses algo que fosse diferente de tudo que já foi produzido sobre a História do município. A cada fonte nova encontrada, a cada foto enviada e a cada entrevista coletada, tínhamos a certeza de que a responsabilidade aumentava a cada dia. Conhecer todas as histórias que nos foram contadas, reviver todas as memórias que nos foram confiadas, possibilitou a construção de uma História por múltiplos olhares”, explica a historiadora.

Duas pioneiras presentes no evento relataram a emoção do momento e sobre a exposição. A senhora Dileta Bonatto Antonio falou das lembranças que a exposição trouxe a tona. “O pessoal que organizou está de parabéns, vieram muitas lembranças, desde o comecinho quando só tinha uma estradinha, era só mato, e agora 63 anos depois temos uma cidade tão bonita”, disse. A senhora Leni Caporal Vencatto comentou que se sentiu honrada em fazer parte da Exposição. “Reviver minha infância foi só emoção, chorei, abracei e encontrei amigos do Educandário Nossa Senhora Medianeira, foi maravilhoso! Espero que as gerações futuras façam também de suas memórias uma História. Parabéns a todas as pessoas que trabalharam para nos proporcionar este momento tão lindo”.

O prefeito Antonio França destacou a importância de manter viva a história. “Nós ainda somos um município jovem, e ainda possuímos famílias de pioneiros residindo aqui, então fazer esse trabalho é muito importante, porque é preciso saber de onde viemos, quais as nossas raízes. Essa exposição é uma viagem no tempo e conta a nossa história de forma completa”.

A coordenadora de Gestão Documental e Memória da Casa da Memória, a jornalista Ana Cláudia Valério salienta que os trabalhos foram iniciados, mas não terminaram com a exposição. “Aqui sempre haverá espaço para as memórias, as lembranças e as histórias de Medianeira, todas são importantes. Afinal, a História é viva, contínua e precisa ser contada e recordada, para que as futuras gerações possam conhecer e sentir orgulho de sua origem. Para nós da Casa da Memória Roberto Antonio Marin, qualquer memória vale muito!”, reforça.

SOBRE A EXPOSIÇÃO – Todo o espaço da Casa da Memória está ocupado por elementos que se complementam, com intuito de contar a História de Medianeira. Uma Linha do tempo, em que são apresentados, em ordem cronológica, os principais eventos que marcaram as memórias e sentimentos da população medianeirense; o mapa de Medianeira de 1953, em tamanho gigante, elaborado com base no Memorial Descritivo de 31 de março de 1953, da Colonizadora Bento Gonçalves. Além de fotos e informações sobre estabelecimentos, prédios públicos e locais como eram na época, dispostos em tótens informativos, o mapa tem oito maquetes físicas, com algumas edificações das primeiras décadas, reproduzidas em impressora 3D, através de parceria com a UTFPR Campus Medianeira e Secretaria de Educação e Cultura. Exposição de objetos históricos, utilizados no dia a dia daqueles que desbravaram essas terras e construíram Medianeira, emprestados pelo CTG Sentinela dos Pampas e pioneiros; um Documentário e vídeos individuais, com depoimentos de pioneiros e pioneiras, de filhos e filhas, contando detalhes sobre a construção do município e suas vivências; um jogo da memória para que, de forma lúdica e interativa, o visitante possa exercitar sua memória e conhecer a História. A Exposição também tem um espaço dedicado às crianças, que conta com um jogo de tabuleiro, quebra-cabeças, caça palavras, cruzadinha e desenhos para colorir, tudo voltado ao aprendizado sobre a História de Medianeira.

A Exposição “ORIGEM – Raízes históricas da colonização de Medianeira” conta com a parceria da Frimesa, Cresol, Espaço III e Sicredi e permanece na Casa da Memória até dezembro. O horário de visitação é de terça à sexta-feira das 10 às 12h, das 13h30 às 17h30 e das 18h30 às 20h30, e aos sábados e domingos das 15h às 19h.

SOBRE A CASA DA MEMÓRIA – A Casa da Memória Roberto Antonio Marin é gerida pelas Secretarias de Desenvolvimento Econômico e Educação e Cultura, com assessoria técnica da Unicultura.Desde o início dos trabalhos,foram cursos, formações, procedimentos e muito aprendizado. Já são mais de 3 mil fotos catalogadas, mais de 30 entrevistas realizadas com pioneiros/filhos e vários documentos históricos. “Tivemos também aproximadamente 5 mil visitações, nas cinco exposições que recebemos durante este primeiro ano de funcionamento. E principalmente, hoje temos a credibilidade e confiança das pessoas”, finaliza a diretora interina da Casa da Memória, Márcia Hanzen.

Sobre

A Casa da Memória Roberto Antonio Marin é um espaço cultural dedicado a documentação, pesquisa e o resgate do Patrimônio Cultural de Medianeira, que promove a preservação e valorização da História local.

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